Amar os próprios sonhos
Jane Patrícia Haddad
Consultora Educacional, Palestrante e Psicopedagoga Clínica.
janepati@terra.com.br
www.janehaddad.com.br
Refletindo
a Relação Professor-Aluno
“
A verdadeira viagem da descoberta não consiste em procurar novas
paisagens, mas em possuir novos olhos”. Marcel Proust.
A relação
professor – aluno deve ser refletida constantemente. Ela se dá o
tempo todo, seja em sala de aula, nos intervalos, no recreio ou em
eventos extraclasse. Enfim ela se dá na vida.
Essa inter –
relação deve ser o fio condutor para que haja uma verdadeira
aprendizagem por parte dos alunos.
A educação é
o processo pelo qual o sujeito produz-se a si mesmo como ser humano,
individual e coletivo. Tornar-se humano é uma tarefa árdua, mas, é
possível. O educador é aquele que, ao se construir como sujeito, se
dispõem auxiliar o outro, o educando, na tarefa de construção de si
mesmo. O trabalho de educar pessoas exige, pois se envolver com o
conhecimento e com o processo de desenvolvimento humano ou, como diz
Rubem Alves, exige que se trabalhe com o conhecimento-ferramenta
necessário à nossa vida prática na sociedade e com o
conhecimento-brinquedo, para alimentar nossa alma humana em sua
jornada para sustentar nosso desejo de ser educador.
Para que
ocorra uma boa relação professor-aluno é preciso que olhemos de
maneira cuidadosa e crítica para os nossos processos formativos.
Afinal, a maneira como nos entendemos educadores hoje depende em boa
medida das experiências educativas que experimentamos em etapas
anteriores de nossas vidas.
É preciso
sempre lembrarmos que somos seres de desejos e de sonhos.
A vida de
todos nós é marcada por experiências boas e ruins, positivas e
negativas, que sugerem crescimento ou anulação.
Eu acredito
que a educação é um encontro de amor, um sonho e um desejo a se
realizar. Todo conhecimento começa com o sonho e com o desejo de
querer aprender.
Acreditem de
nada serve tanto conhecimento se na houver uma evolução do pensar e,
principalmente, do ler nas entrelinhas ( entender o que é dito além
das palavras). Educar, parte do desejo do querer e principalmente de
acreditar.
Quem de nós
educadores, em algum momento não se encontra frágilizado e
desamparado diante de tantos desafios que a educação nos coloca?
Acreditem, isso é um bom sinal, é um sinal de que estamos vivos e
atuantes. Não podemos fazer parte de um grupo de pessoas que, tudo
o que vemos acontecer passou a ser normal, (a famosa normalidade
), deparar com jovens morrendo e matando , com o caos que as grandes
cidades se encontram, com a política vazia de ética e ideais,
enfim a normalidade não pode nos alienar.
Nós
educadores, seres intelectuais e críticos não podemos nos restringir
apenas a um discurso denunciante, ou simplesmente “ dar aulas” “
cumprir o programa” , o momento é de falar “ a palavra deve andar”,
deve questionar, deve ENSINAR!
Faço um
convite a cada um de vocês; sejamos verdadeiros educadores ( aquele
com brilho nos olhos). O verdadeiro educador jamais morre , jamais
se cala diante da “ normalidade”.
“ Eu acho
que uma das coisas melhores que eu tenho feito na minha vida, melhor
do que os livros que eu escrevi, foi não deixar morrer o menino que
eu não pude ser e o menino que eu fui, em mim”. Paulo freire. |