GRUPO
BRASILEIRO DA AIDP
Em 17 de janeiro de 2000, foi eleito o Conselho Diretor do
Grupo Brasileiro da Associação Internacional de Direito
Penal e um breve balanço das atividades do primeiro ano da
nova gestão faz-se necessário.
A AIDP foi fundada em 1924, em Paris, a partir de uma
reorganização da União Internacional de Direito Penal,
criada em 1889 por Von Liszt, Prins e Van Hammel e que
tivera suas atividades suspensas por ocasião da 1ª Guerra
Mundial. Desde 1924 as atividades da AIDP mostram um
compromisso em ter uma política multidisciplinar, fundada no
respeito à dignidade da pessoa humana, para discussão de
temas relevantes concernentes ao direito penal e processual
penal. A entidade está organizada em quase cem países e
discute temas de relevo para os operadores do direito.
Quatro são as distintas áreas de estudo: política criminal e
codificação do direito penal; justiça penal comparada;
direito penal internacional; direitos humanos e
administração da justiça penal. Podem se associar membros
individuais (profissionais e estudantes) bastando o
preenchimento da ficha de inscrição com o envio a um dos
endereços constantes desta página. Também associações podem
vincular-se à AIDP, como já o fez o Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais. O associado receberá publicações
periódicas referentes às áreas acima mencionadas. São
diversas as publicações que noticiam os grandes congressos
realizados em diferentes continentes a cada cinco anos (o
maior de todos eles foi realizado no Brasil, em 1994, tendo
contado com 1200 participantes).
Neste primeiro ano de diretoria, após o falecimento do
ex-secretário-geral, João Marcello de Araújo Junior, o
conselho diretivo firmou um convênio com o IBCCRIM abrindo
uma página no Boletim mensal da entidade e passou a discutir
temas afinados com o estatuto da AIDP. Realizou, ainda, um
seminário internacional, no mês de outubro, sobre temas
atuais de direito penal que contou com a presença de
renomados juristas como Alberto Silva Franco, Juarez
Tavares, João Mestieri, Louk Hulsman, dentre muitos outros.
Além disso, fez realizar, com grande sucesso, duas mesas de
debates no Seminário Internacional do IBCCRIM, com Louk
Hulsman e Eugenio Raul Zaffaroni. Teve ativa participação na
reunião ordinária de 9 e 10 de junho próximo passado, em
Paris, quando René Ariel Dotti foi eleito para o Comitê
Executivo, estando apto a representar o Brasil no conselho
diretivo mundial da entidade. O eminente jurista paranaense
é o único membro da América do Sul a ter assento no comit6e
executivo. Ademais, conseguiu trazer para o Brasil uma das
mesas-redondas da entidade, que discutirá em março de 2003 o
“Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças”. Não foram
poucas as atividades que a diretoria levou adiante neste ano
também marcado pela restruturação administrativa e
financeira do grupo brasileiro da AIDP.
Neste momento em que uma nova diretoria do Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais toma posse, com o propósito
de dar continuidade ao belíssimo trabalho do IBCCRIM, o
grupo brasileiro da AIDP não poderia deixar de parabenizar o
novo presidente, Roberto Podval, por liderar um grupo que
tem o firme propósito de ampliar o espaço democrático de
discussão sobre o Direito Penal, bem como de apresentar um
sucinto balanço de nossas atividades nesse ano passado, para
que a convergência de idéias seja ainda mais aprofundada.
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