Por Maurício Góis
Na gestão educacional é
preciso tomar decisões a cada minuto, senão você não é um
comandante e sim um mandante. Entenda: uma decisão não é uma
escolha entre o certo versus o errado, mas uma escolha entre
uma ou mais alternativas apontadas entre duas (talvez mais)
linhas de ação. Entre o certo e o errado você não precisa de
decisões e sim de valores – esses você tem ou não.
O gestor campeão é aquele que define o problema pelas causas
e não pelos sintomas. É o que coleta informações antes de
emitir opiniões. É o que jamais diz: “Esta solução não me
interessa”, mas o que pergunta: “Entretanto, por que mesmo
esta solução não me interessa?” O gestor campeão em tomada
de decisão (TD) sabe que um problema bem definido já está
50% resolvido, como dizia Dewey. Portanto, é bem provável
que ao definir um problema, pela própria construção da
definição, você já encontre a solução.
Uma das melhores maneiras para você tomar decisões em sua
instituição de ensino é seguir o método da Casa Branca na
época de Kennedy:
- Reúna seu pessoal e veja se todos concordam quanto aos
fatos. Versões cada um pode ter a sua, mas os fatos precisam
ser aceitos por todos.
- Depois, é necessário que todos concordem quanto aos
objetivos da política global da organização, caso contrário,
não há decisão e sim confusão.
- A seguir, defina e disseque o problema por todos os
ângulos e todas as soluções possíveis. Todas as variações e
diferenças são levantadas e processadas para depois ser
feita uma relação de todas as conseqüências que poderão
surgir no decorrer de cada solução. Inicialmente, uma
alternativa é escolhida, comunicada e entram em ação as
medidas de execução.
Mas, se você achou complicada a metodologia da Casa Branca,
que tal as eternas regras cartesianas?
- Veja se o problema proposto é real e se não existem
aspectos polêmicos ou duvidosos.
- Divida o problema no maior número possível de partes e dê
uma solução para cada parte/etapa.
- Coloque em ordem as etapas e observe se a solução de uma
parte não resolve a da outra.
- Por fim, dê às soluções parciais uma tal harmonia de
integração que permita ver entre elas a solução final do
todo.
Mesmo assim está complicado
para você? Bem, então lhe sobra a opção de coletar
alternativas através do velho brainstorming, de Alex Osborn,
como solução de problemas da primeira fase, isto é: busque,
inicialmente, não a melhor idéia ou a idéia-qualidade, mas
quantidade de idéias.
Os nossos geniais caipiras chamam o brainstorming de “toró
de parpite”. Esse termo quer dizer: hora de criar, criar;
hora de julgar, julgar. Em TD seria: hora de coletar,
coletar, hora de decidir, decidir. Não se pode criar e
julgar ao mesmo tempo. Embora possamos coletar e decidir
instantaneamente, é bom não esperar falha zero. Quer decidir
melhor ainda? Então, ouça quem está por fora do problema,
mas por fora mesmo, e não se assuste se a solução for
ridícula de tão fácil. É sempre assim: quando se resolve um
problema ele passa a ser tão óbvio! A solução foi
encontrada? Guarde sempre uma alternativa de reserva. Não
acredite muito em um meio de resolver apenas. E jamais deixe
de analisar as implicações presentes e futuras, internas e
externas da decisão.
Por fim: você é um líder que pensa em motivação de equipes,
delegação de poderes, administração do tempo, avaliação de
desempenho, comunicação, liderança e relações humanas?
Parabéns! Porém, sem tomada de decisões acertadas, todas as
ferramentas da gestão são nada. Gerir para gerar e decidir
para triunfar – é o lema dos gestores campeões.
Maurício Góis
é palestrante nas áreas de motivação e alta performance.
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