Pude presenciar momentos mágicos e gratificantes em minha estadia na Escola da Ponte. Um deles foi o lançamento do livro “ Escola da Ponte-Formação e Transformação em Educação”, onde pude comprovar através da minha escuta, depoimentos e verdadeiras homenagens de ex –alunos emocionados e agradecidos ao nosso querido Professor José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte,por sua determinação, coragem e principalmente sensibilidade. Hoje muitos destes alunos, já são adultos, encaminhados na vida e principalmente distinguindo seus valores básicos, como amor, solidariedade e dignidade.
Escola da Ponte, uma escola que dá certo, (gostem ou não).
A utopia é realizável, fazer uma educação diferenciada é possível, quem pode estar aqui na escola, é provável que comprove o que escrevo, sem demagogia e idolatria.
Os representantes da Educação seja ela, Pública ou Privada não buscam resultados, muitas vezes medidos por instrumentos duvidosos? Talvez, este seja um grande impasse para a Escola da Ponte, poder ramificar, pelo mundo a fora, como deveria, já que seus reais resultados, muitas vezes não podem ser mensuráveis com a velocidade que o mundo exige.
Avaliar é muito subjetivo, o dia que entendermos isso, já teremos feito grandes avanços educacionais.
A equipe de educadores, da Escola da Ponte, já entendeu tal aspecto, na prática cotidiana de um espaço escolar. Cada criança tem seu tempo, habilidades e competências diferenciadas a serem respeitadas por nós adultos.
A educação aqui é incompatível com a pressa. E deveria ser em todo espaço educativo.
Digam o que quiserem dizer, critiquem, ameacem, tentem... destruir tal equipe, falem mal do projeto, façam o que quiserem fazer ou falar.
O que vi aqui, com olhos de uma educadora atenta e muito crítica que sou eu afirmo: este projeto jamais será destruído.
Verdadeiros educadores, que entendem o como fazer permanecem na escola até hoje, o que garante a continuidade e o sucesso do projeto.
A Escola da Ponte passa por mudanças, uma crise aqui outra ali, mas o Projeto é sustentável e inabalável, a crise é de pessoas.
A Escola é real, funciona como um espaço de construção de autonomia e cidadania, em cada espaço há uma diferença, uma intervenção critica nas mínimas colocações, existe uma reflexão no ar o tempo todo, sempre há dúvidas e poucas respostas.
Ampliar... O projeto é um desafio para quem aqui continua, mas é possível, os bons líderes, inspiram e não expiram.
Acredito que o Professor José Pacheco, inspirou cada um aqui presente, a escolha é subjetiva, depende do desejo e determinação de cada um.
Vencer desafios ou abalar-se por queixas e desânimos.
O momento é de escolha. Há dois lados: aquele que aliena e nos coloca no lugar de “professores queixosos”, assim não é preciso ir adiante, o outro, o lugar de responsabilizar-se pelo Projeto e romper com os impasses interpessoais.
Crise significa crescimento, o momento atual da Escola da Ponte, é convocatório: não é uma crise em seu Projeto educacional e sim uma crise humana, onde todos os envolvidos são chamados a gerir os conflitos da raça humana, nossa conhecida “ferida narcísica”. “O EU no lugar do NÓS”, o poder Meu no lugar do Nosso.
Ser humano é respeitar as singularidades acreditando que cada instrumento faz parte da orquestra, para que bons sons continuem a ser tocados e ouvidos pelo mundo.
Escola da Ponte, é a escola que eu acredito, é um projeto fidedigno, possível de sobreviver a qualquer momento, desde que, os instrumentos sejam afinados, cada um, em suas especificidades, na busca de um coletivo maior: O Projeto Ponte...
Os Alunos...
Os Educadores...
Os Pais...
A Escola da Ponte é uma escola referência, gostem ou não.
Crise nos possibilita repensar o próximo passo, e refazer o como fazer.
Aqui há muitos educadores determinados e conscientes de seu verdadeiro papel.
O idealizador pode estar em outros lugares, no momento, mas a essência e a equipe ficaram a semente foi plantada, os frutos já apareceram, em cada um dos que por ali passaram e permanecem hoje na figura dos filhos, dos netos... nos, ex-alunos, ex-pais, professores e companheiros de trabalho, funcionários...e principalmente crianças e jovens com desejo de fazer a diferença.
Parabéns Professor José Pacheco, Professor Cristiano, Professor Ricardo, Professor Tiago, Professoras: Ana, Geni, Diana, Paulinha, e com certeza não me lembrarei de todos os nomes, mas sintam-se todos homenageados e com a certeza de que a partir do exemplo de vocês, faremos a diferença no Brasil também.
“Eu posso ser diferente dos meus amigos e colegas de trabalho sem ter que perdê-los, sem ter que negociar meus valores.”
Com muito carinho e gratidão pelo acolhimento e exemplo.
Espero vocês no Brasil,
Jane Patrícia Haddad
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