A família é o representante significativo da cultura, desempenhando uma função fundamental na transmissão das leis, de conceitos e descendência e de parentesco, e também de herança e sucessão.
Para Freud, todo ser humano tem sua origem advinda de um pai e uma mãe, não tendo como escapar dessa triangulação que constitui o centro do conflito humano. Sendo essa triangulação que perpassa por toda a vida do sujeito, tal experiência é que definirá a estrutura psíquica do indivíduo quem hoje na contemporaneidade está assegurando tal função? O mundo mudou, a família mudou e a Escola?
A grande questão contemporânea que vem sendo discutida junto à educação é referente à família e sua mudança estrutural, não mais reconhecida apenas como família tradicional, composta por pai e mãe e filhos (s). Hoje já convivemos com outras estruturas como: mono parentais; casais homo afetivos; famílias recompostas com padrastos e madrastas e filhos que adotam filhos sozinhos ou mesmo a produção independente. No entanto à função do pai e mãe continua (ou deveriam continuar) funcionando independente de suas novas configurações. Entendo que a toda instituição (família, escola) é composta de adultos, que podem e devem representar a lei dentro do grupo social. Na Família quem vem funcionando como referências identificatórias?
A Proposta desta palestra, é refletir o processo dinâmico dessas duas importantes Instituições como: Família e Escola. Crianças e jovens advém de “novas configurações familiares”, independente dessas configurações, a família ainda é considerada o primeiro ambiente de aprendizagem, é da família que essa criança traz seu primeiro sentimento de pertencimento (ou não). Como a Escola vem entendendo tais mudanças e como é possível provocar e mobilizar – de dentro para fora - mudanças significativas. O que muda?
Não há dúvida, que é nessas duas instituições; escola e família que existe uma chave para pensarmos as novas gerações. “A parceria escola-família consiste em reconhecer a parte de cada ator, não a “melhor parte”, mas simplesmente uma parte de responsabilidade. A humanidade é um bolo a ser dividido entre guloseimas ou voracidade (GUILLOT. G. 2008, p.60) e muito menos a humanidade não é algo a ser DELETADO e sim reinventado.
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